Cuidados com os pneus
A vida útil dos pneus depende de uma manutenção cuidadosa do motorista. Nesta área, a ANIP orienta sobre limite de segurança, baixa pressão, curiosidades sobre pneus sem câmara e dicas importantes para o rodízio.
Limite de Segurança
O desgaste máximo do pneu (limite de segurança) é de 1.6 mm de profundidade dos sulcos. Abaixo dessa medida, o pneu já passa a ser considerado “careca”. A resolução do Contran 558/80 estabelece que trafegar com pneus abaixo do limite é ilegal. O veículo pode ser apreendido.
Os pneus vêm com ressaltos na base dos sulcos para indicar o limite de segurança sem ter que se usar um medidor. Basta vistoriar bem o pneu periodicamente.
Veja as implicações do uso de pneus abaixo do limite:
1 – Aumento da propensão de derrapagens laterais, mesmo em pista seca
2 – O espaço necessário para frenagem aumenta, mesmo em pista seca
3 – Não dão drenagem adequada de água, causando grande instabilidade em pistas molhadas
4 – Aumenta o risco de estouros
Manutenção Mecânica
Vários componentes mecânicos do veículo podem interferir na quilometragem dos pneus, ocasionando também desgastes prematuros e insegurança.
Amortecedores ou molas, freios, rolamentos, eixos e rodas agem diretamente sobre os pneus.
Balanceamento de Roda
O desbalanceamento das rodas, além de desconforto ao dirigir, causa perda de tração, de estabilidade, desgastes acentuados em componentes mecânicos e no próprio pneu.
Deve-se balancear as rodas sempre que surgirem vibrações e, na troca ou conserto do pneu, ou a cada 10.000 km rodados.
Alinhamento de Direção
Desvios mecânicos provocam desgastes prematuros de pneus e desalinhamento de direção, deixando o veículo instável e inseguro.
Deve-se alinhar o veículo quando sofrer impactos na suspensão, na troca de pneus ou quando apresentarem desgastes irregulares, quando forem substituídos componentes da suspensão, quando o veículo estiver puxando para um lado, ou a cada 10.000 km.
Baixa Pressão
O descuido com a calibragem dos pneus traz sérias conseqüências para a durabilidade do produto. A baixa pressão é um dos inimigos do pneu. Apresenta vários problemas, envolvendo inclusive riscos de segurança, como:
-Aceleração do desgaste geral do pneu (trabalha mais quente)
-Aumento do desgaste nos ombros (apoio maior sobre esta área)
-Maior consumo de combustível (maior resistência de rolamento)
-Perda de estabilidade em curvas (menor área de contato com o solo)
-Direção pesada e perda da capacidade de manejo (maior resistência)
-Eventuais rachaduras na carcaça, na área dos flancos (flexão e calor aumentados)
-Eventual quebra circunferencial da carcaça, na área dos flancos (flexão e calor aumentados)
-Eventual bolsa de separação entre lonas e sob a rodagem (gerada por calor e alastrada por flexão e atrito)
-Eventual desagregação da rodagem (iniciada geralmente pelos ombros, onde o calor se acumula mais)
-Desgaste prematuro dos terminais de direção (aumento de exigência)
Excesso de Pressão
Os problemas de excesso de pressão são menores do que os da falta de pressão:
-Desgaste mais acentuado no centro da rodagem (apoio maior sobre esta área)
-Perda de estabilidade em curvas (menor área de contato com o solo)
-Rachaduras na base dos sulcos (esticamento excessivo)
-Maior propensão a estouros por impacto (menor absorção)
Rodízio dos Pneus
O rodízio serve para compensar a diferença de desgaste dos pneus, permitindo mais durabilidade e eficiência. Proporciona também melhor estabilidade, especialmente em curvas e freadas.
-Mudança para pneus diagonais de passeio: a cada 5000 Km
-Mudança para pneus radiais de passeio: a cada 8000 Km
-O primeiro rodízio é o mais importante. Ele é o ponto chave para uma vida longa e uniforme.
Equipe BOX 21
FONTE: fiesp